A monitorização da pressão intracraniana foi introduzida na prática neurocirúrgica na segunda metade do século XX com os trabalhos pioneiros de manometria (Guillaume and Hanny, 1951) e monitorização da pressão intracraniana (PIC) intraventricular (Lundberg,1960).
Entretanto, dois trabalhos realizados no Medical College of Virginia in Richmond, Virginia, USA, estabeleceram a importância da monitorização da pressão intracraniana no neurotrauma. Conceitos sobre limiares de tratamento foram estabelecidos:
PIC> 40 mmHg está associada a 69% mortalidade (p< 0.01).
PIC < 20 mmHg está associado a 18% mortalidade (p< 0.001)
Após estabelecer 20 mmHg como limiar de tratamento, classificaram a pressão intracraniana como:
-Controlada ( < 20 mmHg ), 18% mortalidade.
-Elevada e redutível, 26% mortalidade.
-Elevada e não redutível, 92% mortalidade.
Miller JD, Becker DP, Ward JD, Sullivan HG, Adams WE, Rosner MJ. Significance of intracranial hypertension in severe head injury. J Neurosurg. 1977 Oct;47(4):503-16.
Miller JD, Butterworth JF, Gudeman SK, Faulkner JE, Choi SC, Selhorst JB, Harbison JW, Lutz HA, Young HF, Becker DP. Further experience in the management of severe head injury. J Neurosurg. 1981 Mar;54(3):289-99.